Sobre

Sério e maduro, lúdico e aberto, às vezes picante, para superar preconceitos e reintegrar sentimento e corporalidade

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Amor, medo e hipocrisia

Com este texto, retoma-se a escrita sobre Amor e Sexo, tendo sempre uma pitadinha de Filosofia. Não se assuste, cara Leitora, filosofia não é bicho de sete-cabeças. É o gosto pelo pensar, ou, conforme origem do termo, amor ao saber.

Amor e saber. Que combinação interessante, não? Amar o saber, saber amar, saber o que é amar. Não é disto que estamos tentando falar? Amor tem tudo a ver com filosofia. E sexo também!

Mas, por não se saber amar, muitas vezes o amor bota medo.

É o que se vê e que tem circulado pelo facebook, num desenho reproduzido abaixo, que retrata figurinha humana, portando uma arma, apontada para a figura retratada de Cupido (Eros, em grego), enquanto este aponta sua seta contra a figurinha humana. No desenho se lê “não toque em mim!”, em letras garrafais.

 

Qual o significado deste desenho? O significado óbvio é que não se quer ser atingido pela flecha de Cupido. Por quê? Porque, quando atingida, a pessoa se apaixona, passa a amar. E algumas pessoas não querem amar, não querem ser atingidas pela seta de Eros, pois não desejam mais sofrer. Amor e sofrimento. Que associação triste!

Porque amor está associado a sofrimento? O que faz a pessoa sofrer quando ama?

Para tentar uma resposta, vamos partir de um pressuposto: amor é uma relação. Você concorda? Deixemos de lado outras acepções. Amar é uma pessoa se relacionar com outra, mesmo em termos de sentimento. Há, de um lado um “eu” e, em face deste, um “outro”.

Usando expressão da filosofia, uma relação entre sujeito e objeto. Calma, não é objeto como “coisa”. Explicamos: sujeito vem do latim “subjectum” e significa o que está dentro, “interior”; objeto também vem do latim “objectum” e significa o que está diante, “exterior”. Amar, então, é relação entre um eu interior e um outro exterior. Isto porque nenhum de nós consegue mergulhar diretamente no interior de outra pessoa. É sempre nosso “eu” em face de “outro”.

Agora, vamos nos socorrer de um filósofo alemão contemporâneo, chamado Habermas, que na década de 80 propôs um modelo político para a convivência das pessoas na sociedade moderna. Chama-se “ação comunicativa” e propunha, em termos bem simples, que toda ação humana seria um discurso. Assim, teríamos que analisar toda forma de agir como se analisa um discurso. Para ele, este seria um modelo político que superaria problemas na sociedade pós-moderna, tão multicultural, como todos nós sabemos.

Aqui não importa ir mais além, nem esmiuçar estratégia políticas. Estamos falando de amor. O que importa na ideia desse pensador, é que ele propõe pressupostos para a comunicação. A base de todos está num alicerce único, comum e poderoso, que todos os interlocutores precisariam ter e utilizar. Qual? A sinceridade!

Eis o problema: quem de nós é plenamente sincero, mesmo consigo mesmo? A própria força e a pressão da sociedade que nos envolve, os problemas cotidianos, os sonhos não realizados, tudo hoje em dia nos faz ser insinceros.

Quando nos enganamos a nós mesmos, não conseguimos ser sinceros com o outro. Somem-se a isso certas posições sociais, que nos obrigam o tempo todo a falar sob o manto de eufemismos, escondendo a realidade dura que se deita sob as palavras, na forma do preconceito. O próprio sexo sofre preconceito!

Vivemos momento em que impera a hipocrisia, esse absoluto oposto da sinceridade. Talvez, uma primeira atitude seja o enfrentamento dessa hipocrisia, em nós mesmos, para deixarmos de ter medo de amar.

Digo “talvez”, pois não sou dono de certezas – nenhum professor sério de filosofia o é. Trabalhamos apenas com fatos. E é um fato que a sociedade moderna afasta a sinceridade de nós mesmos. Sem buscá-la, também é fato, não podemos conhecer nosso eu interior de modo pleno. E sem isso, não podemos amar.

domingo, 5 de abril de 2015

"Insubmissas" – mulheres que ousaram face à dominação masculina

Peça retrata quatro cientistas que a partir de sua atuação deixaram marca na história



Estreou ontem (04/04), no Teatro Ágora, a peça “Insubmissas”, escrita por Oswaldo Mendes e dirigida por Carlos Palma, a qual trata da vida de quatro mulheres, sob perspectiva aparentemente comum: elas são colocadas em diálogo.

Insubmissas
Foto/Divulgação

Seria algo simples se elas não tivessem vivido ou em épocas diferentes ou em lugares que as impediram de se comunicar durante sua existência. Mas uma voz masculina as coloca em contato e tenta dirigi-las. Em vão. A forte personalidade que as conduz e alimenta vai assumindo o controle gradativa e firmemente, enquanto o espectador é lançado a conhecer a biografia de cada uma delas.

Quem são as quatro mulheres? Hipácia de Alexandria, Madame Curie, Rosalind Franklin e Bertha Lutz. As personagens podem assumir seu posto de paradigma universal, embora possam ser bem localizadas na cronologia histórica e em seu espaço geográfico. Mais ainda, são claramente localizadas em sua importância para a ciência e o pensamento.

Sua contribuição, todavia, não se encerra apenas em ambos os campos mencionados. Conforme se toma contato com suas vidas, percebe-se que, mais que descobertas científicas ou argumentos filosóficos, a existência de cada uma foi pautada pela insubmissão, pela capacidade natural de seu vigor intrínseco de enfrentarem as amarras do momento em que viviam e confrontar preconceitos ditados pela ordem masculina.

´”Insbmissas” é um manifesto em face das pré-concepções que obstaculizam a plenitude da existência feminina, ainda nos dias atuais. É também uma mensagem ao homem que se deixa prender por convenções e visões de mundo que o fazem ver a mulher e a si mesmo como seres limitados em seu comportamento e ações em face de sua vivência.


Insubmissas
Gênero: Drama
Com: Adriana Dham, Letícia Olivares, Monika Ploger, Selma Luchesi, Vera Kowalska e Rogério Romera
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Texto: Oswaldo Mendes
Direção e cenário: Carlos Palma

Teatro Ágora
R. Rui Barbosa, 672 - Bela Vista - Centro. Tel: 3284-0290

Sexta e sábado: 21h - Domingo: 19h

sábado, 4 de abril de 2015

5 dicas para enlouquecer a mulher

Essas técnicas vão levá-la certamente ao delírio






1: SABÃO NAS MÃOS

Faça sua parceira sentar-se em uma cadeira confortável na cozinha. Certifique-se que ela consegue ver muito bem tudo que você faz. Encha a pia da cozinha com água e adicione algumas gotas de detergente com aroma. Segurando uma esponja macia, mergulhe suas mãos na água e sinta sua pele envolvida pelo líquido até que a esponja esteja bem molhada… Agora, movendo-se devagar e gentilmente, pegue um prato sujo do jantar, coloque-o dentro da pia e esfregue a esponja em toda a superfície do prato.Vá esfregando com movimentos circulares até que o prato esteja limpo. Enxague o prato com água limpa e coloque-o para secar. Repita com toda a louça do jantar até que sua parceira esteja gemendo de prazer.


2: SUGANDO NO CARPETE (OU TAPETE)
É um pouco mais difícil do que a primeira, mas com algum treino ela faz com que sua parceira grite de prazer: Cuidadosamente apanhe o aspirador de pó no lugar onde ele fica guardado.Ligue-o na tomada, aperte os botões certos na ordem correta. Vagarosamente vá movendo-se para frente e para trás, para frente e para trás… por todo o carpete da sala. Você saberá quando deve passar para uma nova área.Vá mudando gradativamente de lugar. Repita quantas vezes seja necessário até atingir os resultados.

3: ROUPA MOLHADA
Este joguinho é fácil, embora você necessite reflexos certeiros. Se você for capaz de administrar corretamente a agitação e a vibração do processo, sua parceira falará de sua performance a todas as amigas dela. Você precisará apenas de duas pilhas. Uma pilha de roupas brancas, e outra pilha das coloridas. Encha a máquina de lavar com água e vá derramando gentilmente o sabão em pó dentro dela (para deixar a mulher ofegante, use exatamente a quantidade recomendada pelo fabricante). Agora, sensualmente coloque as roupas brancas na máquina… uma de cada vez…. devagar. Feche a tampa e ligue o ‘ciclo completo’. Sua companheira vai ficar extasiada. Ao fim do ciclo, retire as roupas da máquina e estenda-as para secar. Repita a operação com as roupas coloridas…

4: AGILIDADE NO LAVATÓRIO
Esta é uma técnica muito rapidinha. Para aqueles momentos em que você quer surpreendê-la com um toque de satisfação e felicidade. Pode ter certeza, ela não vai resistir. Ao ir ao banheiro, levante o assento do vaso. Ao terminar, abaixe novamente. Faça isso todas às vezes. Ela vai precisar de atendimento médico de tanto prazer.

5: SABOR E PRAZER
Cuidado: colocar em prática esta técnica pode levar sua companheira a um tal estado de sublimação que será difícil depois acalmá-la. Leva algum tempo para o seu aperfeiçoamento, por isso, empenhe-se com afinco. Experimente sozinho algumas vezes durante a semana e tente surpreendê-la numa sexta-feira à noite. Funciona melhor se ela trabalha fora e chega cansada em casa.. Aprenda a fazer uma refeição completa. Seja bom nisso. Quando ela chegar em casa, convença-a a tomar um banho relaxante (de preferência aromático em uma banheira de água morna que você já preparou). Enquanto ela está lá, termine o jantar que você já adiantou antes dela chegar em casa.

Sexo em motocicleta na Índia vai para o Facebook

Casal somente foi preso após publicar foto na rede social


Durante um passeio de moto, o deputado indiano Visnhu Surya Wagh resolveu radicalizar e fez sexo com uma mulher em movimento.

Depois, publicou no Facebook a foto do ato, tirada enquanto o casal atravessava a ponte do Rio Mandovi, em Goa, na India.

Naquele momento, ele não foi flagrado pelos policiais, mas com a publicação na rede social, a cena constrangeu autoridades, que prenderam o casal, além de aplicar uma multa.

Casal faz sexo na moto
(fonte: Facebook)

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Apresentação


Este blog destina-se a falar de amor e sexo de forma madura e séria, ao mesmo tempo em que lúdica e aberta, às vezes um pouco picante, buscando a superação de preconceitos e ideias, na tentativa de reintegrar sentimento e corporalidade, base de toda relação com si mesmo e com o outro.

Ele nasce de muitas inquietações, mas principalmente do diálogo com duas mulheres, uma essencial em minha existência e outra, coadjuvante casual de momentos de inflexão na continuidade dela. Por isso, o blog apresenta-se com a despretensiosa inclinação de conversar com mulheres.

Se amor e sexo é uma relação do eu com o outro, assim como a filosofia, o outro mais absoluto em relação ao homem é a mulher, enquanto oposição entre masculino e feminino. Portanto, buscar dialogar com elas é a forma mais profunda de interrogar todo sentido do existir e do ser.

Como o humano é corpo e sentimento, ambos têm de estar integrados para que se possa ser em plenitude. Ao mesmo tempo, a existência é prática e acontece num tempo mediante um atuar. Ao falar de amor e sexo, estamos, assim, tratando do sentir e do agir na esfera mais delicada de toda relação humana.

A par disto, falar de amor e sexo tem de ser algo lúdico, pois ambos tratam do bem-estar (ou, em princípio, deveriam). Amor e sexo remetem à felicidade, uma das questões mais delicadas da filosofia. Deste modo, para evitar a reflexão árida, apropriada a espaços de encontros acadêmicos, há de se fazer presente certa malícia, certo despudor, certa brejeirice e, em algumas ocasiões, certo erotismo.


Detalhe de "O Beijo" de Auguste Rodin
em http://www.musee-rodin.fr/

Nada que se espera ferir a consciência alheia, mas algo muito próximo ao limite do provocante. Sem provocação, não se sai da realidade e não se faz reflexão. Aliás, este é também um dos princípios da arte.

Este blog será uma tentativa de arte, em todos os seus sentidos.